Em discussões, dois vereadores referiram-se
assim ao discurso do outro
Foto Eudes Marinho / Itapecuru Agora.com |
Que oposição e governo não dão trégua em seus embates na Câmara, isso
já não é novidade para nenhum itapecuruense, que já se habitou ao
célebre bate-boca entre José Carlos de Araujo Vieira Junior (PTC) e
Rogério Maluf Gonçalves (PRP). Na sessão da última segunda-feira (31 de
março) não foi diferente. A surpresa é que os protagonistas do encontro
dos legisladores foram os vice-líderes dos blocos.
Vale
lembrar da recente queda do forro da Escola Municipal Manfredo Viana,
onde, conforme mostrou o Itapecuru Agora, a vereadora Edna Teixeira
Martins (PC do B) foi impedida de entrar no estabelecimento de ensino,
mesmo que a parlamentar tivesse o intuito de ajudar na resolução do
problema. Abraão Nunes Martins Neto (PT do B) não concordou com as
queixas da vereadora, e ainda denunciou que ela lutou para abonar uma
falta de sua irmã, que é professora da rede municipal de ensino.
Em
discurso na tribuna, a Professora Edna disse que usaria um tom idêntico
ao de Abraão e apelaria para uma fala de baixo escalão. “Quem tem rabo
de palha, não passa perto do fogo”, e foi assim que ela pediu que o
vereador respeitasse a sua família, e usasse a tribuna meramente para
cumprir a sua função política e deixasse questões particulares para
serem resolvidas fora da Câmara, alegando que ela é o único membro de
sua família que é ligado à política. Afirmando que a sua irmã irá buscar
medidas legais contra o caso, Edna disse que a imunidade parlamentar
tem limite, e se Abraão se julga um grande conhecer jurídico, pois então
que ele apresentasse sua carteira da Ordem dos Advogados do Brasil -
OAB.
A respeito da situação da
infraestrutura da Escola Manfredo Viana, a vereadora reafirmou que sua
intenção era a resolução imediata do caso, e disse que se ela quisesse
prejudicar, ela teria entrado em contato com Dr Carlos Junior (seu
companheiro de oposição), porém isso não fez, pois preferiu telefonar
para a vereadora Eliane Cardoso Santos (PP) – membro da Comissão de
Educação. Sobre a questão do abono de falta, ela questionou quem era
Abraão para reclamar de tal fato, e disse que houve um problema de
comunicação por conta de um seminário da Universidade Estadual do
Maranhão, e que a Secretária Municipal de Educação Elisângela Maria
Marinho Pereira reconheceu que as professoras não tiveram culpa e
determinou a suspensão da falta.
Em
resposta, Abraão Martins disse que se tornou baixo para que, em seus
discursos, ele se colocasse no mesmo nível da oposição. Baseado nisso, o
vereador estranhou o pedido de respeito da Professora Edna, e disse que
foi justamente ela quem teria sido a primeira a chamar a ex-vereadora
Sebastiana Costa Cardoso de câncer legislativo, e seu filho, o vereador
Ronilson Costa Cardoso (PSD), de braço direito desse câncer. Edna negou
tal denúncia.
A respeito do
problema na Escola Manfredo Viana, Abraão disse que Edna deveria
usufruir de sua experiência como vereadora, e ir conversar diretamente
com a Secretária de Educação Elisângela Marinho e não ficar de bate-boca
com diretora de escola. O mesmo ainda disse que a tribuna da Câmara é
livre, e assim fica reservado a ele e aos demais edis o direito de falar
o que quiser. Logo sua postura não tem nada de anormal – fato que faz
com que ele afirme não temer nenhum processo.
Sobre
o pedido de Edna para que ele apresente sua carteira da OAB, Abraão
pediu para que ela honrasse sua função como professora e parasse de
falar com erros gramaticais, referindo ao termo “baixo escalão”, dito
pela vereadora Edna, quando o termo correto é “baixo calão”.
Após as defesas pessoais, a sessão foi encerrada.
Informações do Site Itapecuruagora.com