ETERNIZADOR:Restos mortais do Padre Benedito chegam a Itapecuru

Nos últimos anos, poucas vezes se viu a comunidade católica de Itapecuru-Mirim se reunir com tanta força para celebrar algo. Os cristãos já estavam há cerca de uma semana na expectativa do concretizar de uma iniciativa que há muito tempo movimentava a Paróquia de Nossa Senhora das Dores: trazer os restos mortais do Padre Benedito Chaves Lima ao Municipio de Itapecuru.

Um dos mais populares párocos da história da paróquia de nosso município faleceu em 2009, e, segundo o Padre Moraes, teria deixado em uma carta, que por tempo ficara escondida, o desejo de ser enterrado na Igreja Matriz, em frente a imagem de São Benedito. Por questões constitucionais, que garantem que a família é dona do corpo, o mesmo foi enterrado na capital São Luís. Foram muitas negociações com seus parentes para que fosse realizado o desejo dele.

Com a presença de Dom Sebastião, Bispo da Diocese de Coroatá, os restos mortais chegaram dia 11 de setembro, por volta das 18h e foram colocados em uma caminhonete da Paróquia, para seguir em cortejo com a população, que, desde o bairro Trizidela, foi escoltada pela Guarda Municipal e pelo Corpo de Bombeiros, e caminhou pelas principais vias da cidade, com direito a uma passagem pela Casa Paroquial, onde o Padre Benedito morou por muitos anos.

Chegando na Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, era bastante visível a emoção dos itapecuruenses que testemunhavam aquele momento, inclusive de membros de outras religiões, que fizeram questão de participar. Lida a biografia dele, foi elucidado que ele revolucionou ao descentralizar o poder na Igreja Católica em Itapecuru, e permitiu a construção de novas Igrejas e Capelas em outros pontos da cidade. Muitas pessoas discursaram em homenagem a Padre Benedito, incluindo afilhados e cidadãos que foram batizados por ele, como o Prefeito Magno Amorim que enalteceu o nome do Monsenhor.

Após a realização da missa, houve o sepultamento, que faz de Padre Benedito o segundo a ser enterrado na Igreja Matriz. O primeiro foi o Cônego José Albino Campos. Tal fato reafirma a tradição de que os principais párocos devem ser sepultados na Paróquia em que fez história.

Postagem de Cristiano Dias com informações e fotos  do site Itapecuru Agora