Itapecuru: Professores de escolas estaduais paralisam por três dias

Por Itapecuru Noticias

Os professores da rede estadual de educação do município de Itapecuru Mirim aderiram à paralisação nacional convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Nas escolas Wady Fiquene (CAIC), C. E. Itapecuru (Escola Ayrton Senna) e Newton Neves não haverá aulas. Nenhum ato público foi organizado pela categoria na cidade, já na capital, São luís, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) realiza trabalho de conscientização na praça Deodoro a partir das 8h da manhã. Constam da agenda ações de panfletagem.

Em nível nacional, a greve cobrará a aplicação da Lei nº 11.738/2008, conhecida como Lei do Piso. Nos três dias, os educadores defenderão o cumprimento da legislação criada no governo Lula e aprovada em 2008,  pela qual a categoria conquistou o acesso à redução da carga horária dentro de sala de aula e a recomposição salarial anual.

Em cada estado, os sindicatos reforçarão a defesa pela manutenção do critério do reajuste salarial anual dos professores, fórmula que é alvo de ataques por parte de prefeitos e governadores. Desde a aprovação da lei, gestores têm negado a concessão do reajuste salarial da categoria e defendem que o índice do Ministério da Educação (Mec) seja somente a inflação, o que ferirá o princípio de equiparação da carreira do magistério as demais profissões com nível superior, como prevê a meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE).

Já em algumas redes municipais, além do reajuste, o principal foco será a reserva do tempo de trabalho para o planejamento das aulas. Segundo a legislação em vigor, a jornada de trabalho dos professores deveria ser fixada atendendo ao percentual mínimo de um terço da carga horária para a preparação das aulas, o que é descumprimento por boa parte dos gestores municipais.

Outro protesto da greve nacional será contra as propostas de parcelamento de salários e falta de pagamento do décimo terceiro dos trabalhadores em educação, como já ocorre em algumas prefeituras do Maranhão. Sem planejamento e com desvios de recursos, está cada vez mais comum o não cumprimento do calendário de pagamento do funcionalismo público da educação.