O que era sonho vem se tornando uma grande dor de cabeça para as pessoas que habitam no Conjunto Habitacional do Programa Minha Casa Minha Vida entregue pela Caixa Econômica em 21 de dezembro de 2012. Com quase 4 anos de entregue, o Conjunto Habitacional Benedito Buzar, localizado às margens da BR 222, na cidade de Itapecuru Mirim se encontra totalmente abandonado pelas autoridades. Sem os serviços básicos de saúde, segurança, infraestrutura, educação e transporte muitos dos beneficiários se obrigam a se desfazerem de suas casas para procurar melhorias em bairros mais próximos ao centro.
O descaso não para por ai. A escola e o posto de saúde encontram-se totalmente abandonados pelas autoridades do município. O posto de saúde está fechado, a escola funcionando em péssimas condições, obrigando muitos pais a colocarem seus filhos em outras escolas afastadas do bairro onde moram em busca de melhorias. Transporte público não tem, até o ônibus que leva as crianças que estudam no centro da cidade, frequentemente deixa de passar no bairro, ruas esburacadas e sujas são alguns dos problemas enfrentados pelos moradores.
Não existe área de lazer, uma praça, uma quadra pra prática de esportes, entre outros. Até um “parquinho” feito pela construtora do conjunto se encontra totalmente destruído devido ter sido feito com materiais de péssima qualidade. Muitas casas se encontram abandonadas pelos seus donos, outras sendo vendidas para pessoas com mais condições que veem no conjunto, um lugar para repousar no fim de semana.
E como se não bastasse os moradores ainda sofrem com outros problemas: falta de rede de telefonia pois o residencial está localizado longe do centro urbano e o sinal das torres de telefonia móvel é fraco, e algumas nem funcionam, a precariedade da internet oferecida aos moradores que precisam deste serviço, falta de segurança pois no mesmo já houve vários assaltos em plena luz do dia e a casas do bairro.
Entre as reivindicações dos moradores do residencial Benedito Buzar está a construção de uma praça, um local para a espera de transporte (pois os moradores se arriscam às margens da BR, sob sol ou chuva), um posto policial, limpeza do local, um médico e um dentista para o posto do bairro, construção de quiosques para uso comercial dos moradores, melhoria na escola e a construção de uma quadra para prática de esportes.
Texto e Reportagem:Elaine Oliveira
Colaboração de Cristiano Dias