Por Alberto Júnior/Itapecuru Web rádio
A população Itapecuruense foi pega de surpresa na última terça-feira do dia (26) com o lançamento de uma revista,falando sobre as suas ações de governo e diante do conteúdo expresso na revista inúmeros internautas e políticos se manifestaram as redes socias.
O lançamento da revista ocorreu no auditório da prefeitura, onde estiveram presentes servidores públicos locais, secretários municipais e o prefeito. A solenidade contou com momentos de exaltação à atual gestão e a certeza dos autores da revista de que a receptividade dos itapecuruenses seria positiva. Não foi bem isso que aconteceu.
Já nas redes sociais as primeiras manifestações de descontentamento começaram a pipocar ainda na terça-feira à noite. De cara, críticas à falta de pesquisa quanto ao hino da cidade que, na publicação da prefeitura, tenta apagar a figura de Joaquim Araújo (compositor da música) e cita apenas Sebastião Pinto como autor da melodia. Isso é ignorar que melodia é apenas parte de um composto integrante que sem a harmonia e o ritmo jamais poderá ser considerada verdadeiramente música. Assim sendo, o genuíno autor da música do hino de Itapecuru é Joaquim Araujo..
Fotos e informações que destoam do vivido pela população atualmente, a revista não leva ao conhecimento do leitor fatos importantes como a construção e mobília dos prédios do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) feito pelo governo do estado e entregues ao município.
Quem lê é levado a acreditar que as obras foram realizadas pela gestão Miguel Lauand. Pavimentação de ruas e avenidas alardeada como realização da prefeitura com recursos próprios e parcerias, reforma de praças na sede do município que estão paradas, obras da rodoviária do povoado Entroncamento que ora param, ora andam a passos de tartaruga, segundo moradores.
Já um outro destaque da publicação é o estádio municipal Rodolfão que figura como uma conquista para os desportistas, sendo enaltecida veementemente e que segue com as obras de reforma paradas. Houve, inclusive, manifestação de atletas após descobrirem que o gramado havia sido reduzido em suas dimensões, o que impediria a realização de competições oficiais. O mato começa a tomar conta novamente do local e já causa indignação a demora na entrega.
A ideia de uma revista com ações do governo Miguel Lauand é louvável. Entretanto, o trabalho realizado nesta edição ficou muito a desejar por trilhar caminho paralelo à realidade dos moradores que reclamam de ruas esburacadas, falta de atendimento adequado nos postos de saúde, dificuldades para marcar consultas na central de marcação que obrigam o cidadão a passar a noite numa fila a céu aberto e por vezes debaixo de chuva, alunos reclamando do transporte, merenda e infraestrutura das escolas.
O Curioso é não constar um expediente com funções e atribuições de quem participou na produção do material, em vez disso há uma frase exdrúxula no rodapé de todas as páginas "as informações e imagens divulgadas são de inteira responsabilidade da prefeitura e a veracidade das mesmas pode ser contestada na secretaria correspondente", como se tivessem a certeza da contestação.