EXTREMA POBREZA: Famílias Itapecuruense que vivem e sobrevivem do lixão em busca de seus sustentos.

Estradas de terra localizada no caminho do Tabuleirão que seguem em meio as estradas deteriorada pelo tempo em meio a lama e buracos eu Cristiano Dias e o amigo Washington Ximenes enfrentamos este desafio de conhecer de perto  o Lixão de Itapecuru . Por elas trafegam caminhões abarrotados de resíduos. 

O ar é insuportável, devido ao cheiro azedo misturado aos gases provenientes de decomposição de produtos descartados, principalmente domésticos. Há uma energia pesada no local. As condições insalubres, contudo, não impedem a presença de cerca de homens, mulheres e crianças disputem cada metro quadrado do lixão a céu aberto ,muitas desta pessoas, estão em busca da sobrevivência devido a dificuldade financeira. Essa e a  rotina do dia e o retrato da exclusão social são expostos pelo titular deste portal a onde estamos trazendo a reportagem  do Lixão de Itapecuru, problema de todos nós.

Alimentos descartados em meio ao céu aberto entre cachorros e urubus disputam o espaço, local estes que já se transformou em um lixão a céu aberto, estão sendo consumidos por catadores de lixo. Os próprios catadores confirmaram  que mais de 30 famílias dependem do lixo pra sobreviver. Essas famílias sobrevivem com o pouco dinheiro arrecadado com a venda de materiais recicláveis que catam. 

A maioria das crianças, filhos dos catadores, ajuda os pais no penoso trabalho. Essas pessoas vivem em uma situação de pobreza extrema, morando em casas de chão batido, cobertas com lona ou papelão. No entanto, em meio às dificuldades, os catadores alegam que gostam do que fazem e que dá, segundo eles, para viver do lixo, apesar do iminente risco de contaminação e o risco de contrair o Covid 19. Segundo eles  dizem que o maior medo que eles têm é que a prefeitura os retire do local a onde os mesmo dependem do local para se sustentar.

“Não tem trabalho aí fora e o que ganho aqui dá para sobreviver. Sustento os meus filhos. A vida aqui é difícil, mas a gente logo se acostuma com o fedor. Começo de manhã cedo e paro só no final da tarde. O material que cato eu vendo para a cooperativa”, relatou a catadora Maria Eunice, de 38 anos. Em média, cada catador faz em media até R$ 40,00 por dia. Já a Sra. Deuzimar, de 35 anos, fazia uma busca solitária pelos objetos que a ajudam a sustentar os cinco netos que cria. “Recolhemos vidros e todo material reciclável que é plástico, além de papelão. Aqui a gente também encontra roupas, calçados e até comida”, comentou.

Dona Maria é mais uma moradora do lixão. Somos gente trabalhadora, mas esquecida pelo poder público. “Os políticos só nos procuram em tempo de eleição. Depois a gente não existe. Só peço a Deus que continue me dando forças para eu ganhar o pão de cada dia". O caminhão que faz o despejo do lixo recebe o auxílio dos catadores, que fazem até fila para pegar os melhores sacos. Como não há fiscalização do que vem parar no local, o lixão se torna um grave problema de saúde pública. Durante a Reportagem observamos que boa parte dos catadores não tem os IPEIs de proteção (Luvas/mascaras e botas).

Dezenas de pessoas catam no lixo restos de comida, principalmente carnes, provavelmente descartadas de açougues ou mesmo clandestina. Eles penduram os pedaços em varais e esperam o sol secar. As crianças vigiam para que os urubus fiquem longe. Depois, fritam e comem.

Reportagem: Cristiano Dias/Radialista e Jornalista

Fotos: Washington Ximenes